Testamos os carregadores de Jaguariúna e Serra Negra, SP

Cidades ficam no Circuito das Águas e são boa opção para passeio de fim de semana

Carregando o MINI SE na estação de Jaguariúna, SP

Aproveitando uma (boa) semana de convivência com o MINI SE permeada pelo feriado de Tiradentes (ou carnaval?), o Use Elétrico foi conferir a situação dos carregadores de carros elétricos em duas cidades do interior de São Paulo: Jaguariúna e Serra Negra, ambas parte do chamado Circuito das Águas.

Saindo de São Paulo capital pela Rodovia dos Bandeirantes a primeira parada foi na estação de Jaguariúna, a aproximadamente 120 quilômetros de distância. O local é de facílimo acesso, na avenida principal da cidade, e bem sinalizado. É o mesmo lugar onde ficava a antiga estação de trem de Jaguariúna, cuja estrutura está bem preservada e conta, inclusive, com um passeio de Maria Fumaça até Campinas (na verdade a composição é tocada por uma locomotiva a diesel, mas os vagões são de época).

O carregador fica junto ao bar/restaurante Botequim da Estação. Chegando lá havia um carro a combustão ocupando a vaga, mas falta sinalização indicando que deveria ser uma vaga exclusiva para carregamento de veículos elétricos (e como é bem em frente à entrada do local, acaba sendo muito disputada). Porém havia uma vaga livre ao lado, e ao estacionarmos e esticarmos o cabo do carregador, que necessariamente passou por cima do capô do carro a combustão, um Fiesta, um funcionário do restaurante rapidamente se prontificou a retirá-lo, o que foi feito de forma ágil e gentil.

Sobre o carregador em si é um wallbox da BMW de 22 kW tipo 2. Conectado, funcionou perfeitamente. A bateria do MINI estava com 48% ao chegarmos e em cerca de 2 horas e 10 minutos a carga foi completa. Há boas opções para o período de espera no local, como o próprio Botequim da Estação, um café e um museu (é preciso checar os horários de funcionamento). Fazendo-se uma programação bem acertada e com antecedência é possível até mesmo deixar o veículo carregando enquanto se aproveita o passeio de Maria Fumaça (somente aos domingos e feriados). Informações adicionais no https://www.mariafumacacampinas.com.br/.

MINI carregado aproveitamos para passear um pouco pela região de Pedreira, 13 quilômetros à frente, e Amparo, mais 16 quilômetros. Ali à noite fomos conhecer o Polo Astronômico, que conta com planetário e o maior telescópio aberto a visitação do Brasil ( https://www.poloastronomicoamparo.com.br/ ). É um programa bem bacana e diferente, mas inclui um trecho de terra para chegar ao local, que é afastado da cidade. Não foi problema para o MINI SE, exceto a poeira que sujou um pouco o carro. Depois, volta para Jaguariúna para pernoite.

No dia seguinte a primeira parada foi em Serra Negra, a 20 quilômetros, mais especificamente no carregador instalado na Cervejaria Dortmund, que fica na estrada um pouco antes da entrada da cidade. O local é uma fábrica de cervejas, com várias opções à venda, e inclui um passeio pela fábrica (apenas uma vez por dia, então é preciso se programar) e um restaurante muito simpático e de boa comida. O serviço é extremamente atencioso, mas nos horários de pico os pedidos podem demorar bastante – chegamos a aguardar uma hora e meia por uma porção de batata frita. Como de qualquer forma estávamos ali carregando o carro a espera foi, digamos, menos sofrida.

Sobre o carregador trata-se de um EVlink Schneider Electric de 22 kW tipo 2. O funcionamento estava perfeito, porém (novamente) havia um carro a combustão na vaga, que também não tem nenhuma sinalização específica. Por pura sorte logo depois o motorista do veículo, que estava indo embora, apareceu e liberou a vaga.

Na cervejaria há um pouco mais de trabalho: o cabo do carregador fica com uma funcionária da fábrica, muito gentil e solícita. Porém ela só fica no local das 10h às 18h, e portanto o carregador só pode ser usado nesse intervalo. É preciso ainda ligar o disjuntor atrás do carregador e desbloqueá-lo com uma chave que fica junto à bolsa que abriga o cabo. Não é nada muito problemático, mas quem não está acostumado pode encontrar alguma dificuldade inicial.

O MINI estava com pouco mais de 40% de bateria e chegou a 100% em 2 horas e 20 minutos. Um ponto bacana a ser citado é que a energia para o carregador vem de painéis solares.

Bateria a cheio e partimos para outras cidades à frente, como Lindóia e Águas de Lindóia e chegamos a Monte Sião, já em Minas Gerais, distante 30 quilômetros. É um bom local para comprar malhas com preços bem mais baixos do que em São Paulo – algo como metade do valor cobrado pelas mesmas peças na capital.

Mais tarde retorno para Jaguariúna para a segunda pernoite e no dia seguinte pela manhã nova carga no Botequim da Estação. Outra vez um carro a combustão ocupava a vaga, mas igualmente foi retirado de forma rápida e gentil pelo pessoal do restaurante. Novamente o carregador em perfeito e fácil funcionamento, sem necessidade de aplicativos, cartões ou algo do gênero: apenas conectar o cabo no carro e aguardar. Mais duas horas de espera, consumidas enquanto assistíamos ao GP de Fórmula 1, e retorno a São Paulo. Todas as estradas do trajeto estão em bom estado, com exceção do trecho de Arcadas, entre Pedreira e Amparo.

Em resumo, um bom passeio na excelente companhia do MINI SE e absolutamente nenhum problema no processo de recarregamento, seja dos aparelhos seja do carro. Veredicto: recomendados.

Carregando o MINI SE em Serra Negra. A poeira é da estrada de terra que leva ao Polo Astronômico de Amparo.

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