Início das vendas do carro, apresentado em 2016, sofreu diversos atrasos

Demorou, mas ele vem aí. O Microlino, versão modernizada e 100% elétrica da Romi Isetta, será finalmente lançado comercialmente na próxima quinta-feira (12/5).
O primeiro protótipo do carro, chamado agora de Microlino, foi apresentado em 2016. A ideia era vendê-lo a partir de 2018, mas o processo sofreu sucessivos atrasos. Agora, nesta semana, começará a venda oficial da primeira leva do carrinho, em uma série chamada Pioneer Series. Ainda não foi anunciado em quais países o carro será vendido, mas é possível que as primeiras encomendas fiquem restritas à Alemanha e Suíça.
O bacana do Microlino é que ele preserva essencialmente as mesmas características do Romi Isetta original, como o design icônico e uma única porta, frontal, bem como as quatro rodas com o eixo traseiro com bitola bem menor que o dianteiro. Simpaticíssimo é o mínimo que se pode dizer dele.

Alguns detalhes técnicos já foram revelados, como a autonomia, de até 230 quilômetros, a velocidade máxima, de 90 km/h, o peso, apenas 535 quilos, e o preço básico, 12.500 euros.
A própria fabricante diz que o Microlino não é um carro, mas sim “a mistura ideal de um carro e uma moto” – o que provavelmente fomentará a volta da velha discussão no Brasil se a Romi Isetta foi ou não o primeiro automóvel produzido aqui, posto que disputa com a Vemaguet, na época (1956) chamada Caminhoneta DKW-Vemag. Mas essa é outra história.

De fato várias características do Microlino se colocam como um meio termo entre um carro e uma moto. A capacidade, por exemplo, é apenas para dois passageiros. Eles não se molham quando chove, mas quando está sol há um belíssimo teto solar tipo ragtop à disposição (provavelmente dependendo da versão). Não é necessário o uso de capacete, mas, assim como em uma moto, não há airbags.
Aliás, em alguns países da Europa, segundo a fabricante, a documentação do Microlino será emitida como uma motocicleta e não como um automóvel.
Apesar de sua origem suíça a fabricação do Microlino foi possível graças a um acordo com uma empresa italiana, a Cecomp, fundada em 1978 e responsável pelo desenvolvimento de protótipos de vários modelos como o Lancia Delta e a primeira geração do Golf. A produção do Microlino ocorrerá nas instalações da Cecomp em Turim, e os últimos ajustes na linha de montagem, com produção das primeiras unidades pré-série, ocorreram no fim do mês passado.
Possivelmente o primeiro brasileiro a possuir o Microlino será Lucas Di Grassi, piloto da Fórmula E e assim como nós entusiasta de carros elétricos. Ele já pediu diversas vezes para a empresa para comprar uma das primeiras unidades, no que foi respondido com a afirmação de que “seguramente será o primeiro proprietário do Microlino em Mônaco” – onde o piloto mora atualmente. E no Brasil, quem será? Desde já o Use Elétrico se coloca à disposição 😁 ⚡
