Montadora confirmou três lançamentos aqui: Mégane, Master e novo Kangoo elétricos

A Renault não é a primeira nem será a última marca a anunciar que seu futuro no mercado nacional está totalmente centrado nos veículos elétricos. A grande novidade é ser a primeira montadora de grande volume a fazê-lo — ela é atualmente a sétima marca mais vendida do Brasil, com 6,4% de participação nas vendas internas de automóveis e comerciais leves até agosto.

“Queremos ser reconhecidos como uma marca moderna, tecnológica e inovadora”, explicou Ricardo Gondo, presidente da Renault do Brasil — e esta declaração, dada durante a abertura do evento Renault E-Tech 100% Electric Days, na Oca do Parque Ibirapuera, em São Paulo, nesta segunda-feira (5/9), é por demais reveladora. Esses são três adjetivos-chave que não são diretamente associados à Renault hoje no mercado nacional, ainda que seus modelos tenham boa fama em outros aspectos como robustez, confiabilidade, preço convidativo e bom espaço interno.

E não foi só isso. Gondo ainda disse que “a gama Renault E-Tech é a nossa visão de futuro na Renault do Brasil”. E para completar sacramentou a plateia cheia de jornalistas especilizados: “Isso vai mudar a forma como vocês veem a Renault no Brasil” — a mídia e também os consumidores, é claro, espera ele.

A ideia central é atrair para a marca clientes que simplesmente hoje não consideram adquirir um Renault, seja por oferta de produto seja por questões mercadológicas e de imagem.

O carro mais luxuoso da Renault no Brasil atualmente é o SUV Captur, de vendas discretas (pouco mais de 2.700 unidades em 2022 de janeiro a agosto, apesar de recente atualização mecânica e visual). A marca briga mesmo (e perde) é nos segmentos mais abaixo, com Kwid, Sandero, Logan e Duster. A Renault não tem, por exemplo, um sedã médio para chamar de seu.

Para promover essa verdadeira revolução na imagem de marca aqui a Renault terá a partir do segundo trimestre do ano que vem nada menos do que cinco modelos 100% elétricos à venda no Brasil: além dos já conhecidos Zoe e Kwid E-Tech, haverá o furgão grande Master, a nova geração do Kangoo e a grande estrela, o Mégane — justamente um médio já vendido aqui nas carrocerias hatch e sedã e que hoje virou um (belo) SUV.

E que escolha acertada: o Mégane E-Tech tem tudo aquilo que a Renault local busca, ou seja, modernidade, tecnologia e inovação. Além de um desenho sedutor, acabou de ser lançado na Europa. São 220 cv de potência e 30,6 kgfm de torque, quatro níveis de frenagem regenerativa, 0 a 100 km/h em 7 segundos e autonomia de 450 quilômetros, além de um surpreendente espaço interno. A marca ainda garante que em um carregador rápido o modelo ganha 100 quilômetros em apenas oito minutos.

O Use Elétrico, inclusive, havia revelado com exclusividade ainda na semana passada que o Mégane E-Tech tinha tudo para ser a grande estrela do evento paulistano.

Nos comerciais 100% elétricos a Renault também tem tudo para dar um grande salto. O primeiro ataque é com a nova geração do Kangoo, que ganha o sobrenome E-Tech e perde o ZE, como era chamado até agora. Destaque para uma muito bem bolada solução denominada Open Sésame (Abre-te Sésamo) que elimina a coluna B no lado direito: com a porta de correr e do passageiro abertas simultaneamente surge um vão interno livre de até três metros. A capacidade total de carga é de até 4,3m³ e 800 kg. O motor tem 120 cv e a autonomia é de até 300 km (ciclo WLTP). Pode vir a ser a queridinha das empresas que buscam atender normas ESG de redução na emissão de poluentes em suas frotas de entrega urbana e de curtas distâncias.

O outro flanco é com o furgão grande Master, que na versão E-Tech tem autonomia de 200 km (ciclo WLTP) e capacidade de carga de até 13 m3. A Renault não divulgou a capacidade máxima em peso, mas segundo o site da Renault Portugal é por volta de uma tonelada.

O público em geral poderá conhecer os cinco modelos na própria Oca do Parque Ibirapuera na quarta-feira (7/9), a partir das 10h. É uma belíssima oportunidade de dar uma espiadela, hoje, na Renault Brasil do amanhã.