Honda anuncia plano de lançar pelo menos dez motos elétricas até 2025

Objetivo da empresa é vender 3,5 milhões de motos elétricas por ano a partir de 2030

Pois é, amigo: nem as motocicletas escaparão da eletrificação. A Moto Honda anunciou hoje (13/9) no Japão um grande plano global para alcançar uma neutralidade em carbono com foco principal na eletrificação de seus produtos.

Segundo a estratégia definida pela matriz, “a Honda irá acelerar a eletrificação de seus modelos como o foco principal das estratégias ambientais para o negócio no segmento de duas rodas”. Na prática isso quer dizer que a fabricante planeja apresentar dez ou mais modelos de motos elétricas globalmente até 2025, e trabalhará com meta de alcançar vendas de 1 milhão de motos elétricas por ano nos próximos cinco anos e chegar a 3,5 milhões de motos elétricas por ano (o equivalente a 15% das vendas totais) a partir de 2030.

A iniciativa valerá inclusive para motos de alta cilindrada, que a fabricante já está “desenvolvendo ativamente”, segundo comunicado oficial. O plano é iniciar vendas de três modelos elétricos deste tipo no Japão, Estados Unidos e Europa entre 2024 e 2025.

A Honda promete que essas novas motos elétricas terão preço acessível. Para isso aposta em uma estrutura comum de bateria, PCU e motor elétrico, que servirão a vários modelos de diversas categorias. A montadora ainda explica que “em relação à bateria, um componente central dos veículos elétricos, a Honda pretende equipar seus modelos de motocicletas elétricas com uma bateria em estado sólido que está desenvolvendo atualmente, fazendo uso ativo de seus próprios recursos”.

Fazem parte desse escopo ainda uma estratégia de popularização do compartilhamento de baterias para motocicletas e também uma padronização das baterias intercambiáveis, em um acordo costurado no Japão que, além da Honda, já tem apoio da Yamaha, da Suzuki e da Kawasaki (ou seja, uma moto Honda poderá usar uma bateria de uma moto Yamaha e vice-versa, por exemplo).

Finalmente, o plano da Honda prevê ainda um forte investimento em software, “para aprimorar a criação de novo valor para seus produtos de motocicletas elétricas no âmbito da conectividade”. A intenção é lançar em 2024 uma moto elétrica com novos recursos, como exibição de opções de rotas ideais que levam em conta o alcance restante da bateria, notificação de pontos de carregamento, treinamento de pilotagem segura e suporte de serviço de pós-venda.

“Olhando para o futuro, a Honda trabalhará para o estabelecimento de uma plataforma conectada, em que maior valor será gerado não apenas conectando suas motocicletas, mas vinculando uma ampla gama de produtos Honda e realizando conectividade além de seus domínios de produtos”, afirmou a empresa em nota.

Por último, dentro deste esforço de descarbonização, a Honda ainda anunciou que planeja lançar motos flex fuel (gasolina/etanol, iguais às vendidas no Brasil) na Índia, um dos principais mercados de motocicletas. O plano é lançar por lá modelos flex E20 (para mistura de 20% de etanol à gasolina) a partir de 2023 e flex E100 (que podem rodar 100% com etanol) em 2025.

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