Rolls-Royce, Cadillac e até Ferrari se rendem aos carros 100% elétricos

Marcas de altíssima prateleira apresentam novos modelos e planos para eletrificação completa

Rolls-Royce Spectre

Se alguém ainda tem coragem de duvidar da eletrificação veicular global, três marcas de altíssimo padrão acabam de dar um duro golpe neste negacionismo.

A Rolls-Royce divulgou hoje (18/10) imagens inéditas de seu primeiro modelo 100% elétrico, o Spectre, que será lançado oficialmente só daqui um ano. Segundo a montadora de origem britânica trata-se do primeiro “super coupé elétrico ultraluxuoso do mundo”, sendo o “sucessor espiritual” do Phantom Coupé.

Dados preliminares apontam que o Spectre terá autonomia de até 416 quilômetros (ciclo EPA), 577 cv de potência e 900 Nm de torque, com desempenho de 0 a 100km/h em 4,5 segundos. Preço? US$ 413,5 mil.

Interessante é que na divulgação do material a Rolls-Royce recordou frase de um de seus cofundadores, Charles Rolls, cunhada em 1900 (sim, há 122 anos): “O carro elétrico é perfeitamente silencioso e limpo. Não há cheiro ou vibração. Eles devem se tornar muito úteis quando as estações de carregamento fixas puderem ser organizadas”.

Para Torsten Müller-Ötvös, atual CEO da Rolls-Royce Motor Cars, “este é o início de um novo capítulo ousado para nossa marca, nossos clientes e a indústria de luxo. Por esse motivo, acredito que Spectre é o produto mais perfeito que a Rolls-Royce já produziu”.

A Rolls-Royce ainda confirmou que até 2030 todo o portfólio da marca será totalmente elétrico.

Enquanto isso, quase ao mesmo tempo mas do outro lado do Atlântico a Cadillac, outra marca reconhecidamente de alto luxo, apresentou o Celestiq, considerado por ela, adivinhe só, como “o primeiro sedã elétrico ultraluxuoso do mundo”.

O modelo também é considerado pela marca como o Cadillac mais avançado tecnologicamente de sua história, que assim como da Rolls Royce é centenária.

A montadora de origem estadunidense assegura que o Celestiq terá padrões de personalização absolutamente inéditos, fazendo com que não existam dois modelos iguais — a produção será toda manual, explica a Cadillac.

Na parte de motorização ele compartilhará a base de elétricos da GM, com baterias de 111 kWh e dois motores elétricos (um em cada eixo), 600 cv de potência, 640 Nm de torque e autonomia estimada em 483 km. Além disso ‘entra’ até 200 kW no modelo em carregamento rápido (DC).

“O Celestiq marca o prosseguimento de uma tradição de 120 anos da Cadillac em alavancar a mais avançada tecnologia automotiva a serviço do luxo. Suas inovações são o auge da conquista automotiva da marca”, garantiu Ken Althouse, engenheiro-chefe de desenvolvimento.

A produção começa só no fim do ano que vem e seu preço estimado é ao redor de US$ 300 mil, dependendo do nível de personalização.

E veja só, até mesmo a Ferrari, aparentemente o último bastião dos que dizem que carro bom é a combustão, revelou um cronograma de adoção de eletrificação.

Representantes da mítica marca italiana de superesportivos declararam a investidores que a primeira Ferrari 100% elétrica será lançada em 2025. O mix no portfólio da marca deve saltar de 80% combustão e 20% híbrido em 2021 para 5% totalmente elétrico, 55% híbrido e 40% a combustão em 2026 e 40% totalmente elétrico, 40% híbrido e somente 20% a combustão em 2030.

Quem viver, verá.

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