Índice se refere ao Tiggo 5X PRO Hybrid em comparação ao modelo equipado só com motor flex

Tem gente que ainda ‘torce o nariz’ para os modelos híbridos leves (48V), por acreditar que não são híbridos ‘puros’ e, assim, seriam pouco ou muito menos eficientes. A Caoa Chery, porém, mostrou durante evento realizado nesta quarta-feira (26/10) em Tuiuti, interior de São Paulo, que essa tecnologia é, sim, eficaz em termos de redução de consumo. Para provar a montadora utilizou não os seus próprios dados, mas sim os números oficiais do Inmetro.
A maior redução de consumo foi obtida com o Tiggo 5X PRO Hybrid, de 26% com etanol no ciclo urbano: saltou de 6,9 km/l no Tiggo 5X PRO com motor 1.5 turbo flex para 8,7 km/l no modelo com tecnologia híbrida 48V, que utiliza exatamente o mesmo propulsor a combustão. Com gasolina, também no ciclo urbano, a diferença foi de 19%, de 9,9 km/l para 11,8 km/l, sempre de acordo com os dados do Inmetro (presentes inclusive na etiqueta veicular afixada no para-brisa do modelo, acessível aos consumidores nas concessionárias).
Na estrada a redução é menor, já que o sistema híbrido trabalha menos: com etanol a diferença foi de 8,6%, de 8,1 km/l para 8,8 km/l. Já na gasolina a variação chegou a 6,9%, de 11,5 km/l para 12,3 km/l.
O nível de emissão com gasolina, também segundo a etiqueta do Inmetro, caiu de 127 g/km para 111 g/km.
Com esses resultados o Tiggo 5X PRO Hybrid chegou à pontuação B em nível de eficiência, enquanto o Tiggo 5X PRO tem nota D.
Segundo a Caoa Chery essa melhoria no consumo, graças ao sistema híbrido 48V, também é acompanhado de um avanço no desempenho: a versão híbrida tem 10 cv de potência a mais (de 150 para 160) e 40 Nm de torque a mais (210 a 250).

No caso do Tiggo 7 PRO a versão híbrida teve mudança na motorização a combustão: saiu o 1.6 gasolina turbo GDI com câmbio DCT de sete marchas e entrou o mesmo conjunto do 5X PRO, ou seja, 1.5 flex turbo com caixa automática CVT de nove velocidades. A tecnologia híbrida 48V se fez presente na redução de consumo também neste caso.
A diferença no ciclo urbano com gasolina foi de 14%, de 10,2 km/l para 11,6 km/l. Na estrada, porém, o efeito foi inverso, reflexo da troca por uma motorização de menor litragem e flex: o modelo consome agora 11,6% a mais, caindo de 12,9 km/l para 11,4 km/l. Em compensação agora o modelo pode rodar com etanol, o que não ocorria na versão só a combustão — os números são de 8,5 km/l na cidade e 8,6 km/l na estrada.
A emissão de CO2 com gasolina caiu de 120 g/km para 116 g/km na versão Hybrid do SUV, que saltou da nota B para a A em eficiência na etiqueta do Inmetro.

No caso do sedã Arizzo 6 PRO a comparação é similar à do Tiggo 5X PRO, já que as versões somente a combustão e híbrida 48V também compartilham o mesmo motor 1.5 turbo flex.
A versão híbrida melhorou 17% em consumo urbano no etanol, saltando de 7,6 km/l para 8,9 km/l. Com gasolina o avanço foi de 13,6%, de 11 km/l para 12,5 km/l.
Na estrada os números indicam melhoria de 5% no etanol, de 9,4 km/l para 9,9 km/l, e de 1,5% na gasolina, de 13,3 km/l para 13,5 km/l. A emissão de CO2 com gasolina baixou de 112 g/km para 111 g/km, e o modelo saiu da nota B em eficiência na etiqueta para a nota A.

No Tiggo 8 PRO Plug-in Hybrid a diferença para o modelo somente a combustão, naturalmente, é muito maior em termos de consumo, já que se trata de um híbrido plug-in, com dois motores elétricos e uma bateria muito maior do que no caso dos 48V. Vale salientar que a versão só a combustão usa um motor 1.6 16V TGDI gasolina com câmbio DCT de sete marchas, enquanto na híbrida plug-in o motor a combustão é um 1.5 turbo gasolina com câmbio DHT de três marchas.
Na cidade a versão híbrida plug-in é nada menos do que 209% mais econômica que o Tiggo 8 PRO só a combustão: salta de 9,8 km/l para espantosos 30,3 km/l. Na estrada o índice de melhoria é de 124%: de 12 km/l para 26,9 km/l.
A emissão de CO2 caiu de 126 g/km para 22 g/km. E o modelo saltou da nota B na etiqueta para a A.
Além disso, segundo a Caoa Chery, o Tiggo 8 PRO Plug-in Hybrid tem autonomia de até 77 quilômetros no modo puramente elétrico. A diferença de potência e torque é impressionante: enquanto para o modelo a combustão são 187 cv e 28 kgfm o híbrido plug-in tem 317 cv e 56,6 kgfm (combinados os motores a combustão e elétricos). A diferença de preço, porém, é da mesma grandeza: R$ 201 mil o modelo a combustão e R$ 280 mil o híbrido plug-in.
Os modelos híbridos da Caoa Chery ganharam ainda um emblema a mais, uma espécie de ‘folha eletrificada’ estilizada em verde, alocada logo abaixo do emblema com o nome da montadora.
