Segundo Anfavea, participação destes segmentos registrou em novembro empate no resultado acumulado

Tem gente que ainda duvida da força dos modelos eletrificados no mercado brasileiro, mas os números de comercialização, mês a mês, falam por si. E o avanço dos veículos leves híbridos e elétricos acaba de registrar mais um marco histórico em novembro.
Segundo números da Anfavea divulgados nesta quarta-feira (7/12), quando considerado o acumulado do ano até novembro, os automóveis e comerciais leves eletrificados já vendem, no Brasil, tanto quanto os modelos movidos só a gasolina.
Isso porque tanto os eletrificados quanto os veículos a gasolina registraram no acumulado do ano 2,5% de participação de mercado até novembro, segundo os números da associação que representa as montadoras no Brasil (os eletrificados obtiveram 2,1% de híbridos + 0,4% de elétricos). Em volume foram 44.333 unidades a gasolina para 43.675 eletrificados na soma dos onze primeiros meses do ano.
O avanço dos eletrificados sobre os modelos a gasolina é mais nítido quando se observa os números de um ano atrás: no fechamento de 2021 os leves a gasolina obtiveram 2,7% de participação de mercado e os eletrificados 1,7%. Ou seja: enquanto os gasolina perderam 0,2 p.p. em um ano, os eletrificados ganharam 0,8 p.p., roubando mercado também dos modelos movidos a diesel (que caíram de 13,4% de participação no fechamento do ano passado para 11,7% em 2022, até novembro).
Analisando-se os números do fechamento de 2020 o crescimento dos eletrificados é ainda mais cristalino: os leves a gasolina obtiveram então 3% de participação de mercado para 1% dos eletrificados.
A razão é óbvia: os modelos só a gasolina no mercado nacional são em sua maioria importados topo de linha, cujo consumidor está migrando para os híbridos e elétricos – e, em alguns casos, o mesmo ocorre para os diesel, especialmente SUVs, uma vez que os similares 100% elétricos já estão na mesma faixa de preço dos veículos com esta motorização.
Cabe lembrar que a ampla maioria do mercado nacional é formada por modelos com motorização flex fuel, que até novembro obtiveram participação de 83,3% das vendas. Com a chegada prevista de alguns modelos nacionais híbridos com tecnologia flex, entretanto, os eletrificados poderão começar a tomar participação, ainda que pouca, também desta faixa, em especial a partir de 2024.
