Audi lançará apenas modelos 100% elétricos a partir de 2026

Montadora quer eliminar produção mundial de modelos a combustão até 2033

A Audi anunciou nesta quarta-feira (4/1) plano no qual se comprometeu a lançar apenas modelos 100% elétricos no mercado global até 2026, a produzir ao menos um modelo 100% elétrico em todas as suas fábricas até 2029 e ainda a eliminar a produção de modelos a combustão até 2033.

Em comunicado a montadora diz que “ao contrário de muitos dos seus concorrentes a Audi está construindo essa nova linha de produção global a partir das suas instalações já existentes”. Segundo Gerd Walker, membro do board da companhia para produção e jogística, “passo a passo estamos trazendo todas as nossas plantas para o futuro. Estamos investindo em nossas plantas atuais de modo que elas sejam tão eficientes e flexíveis quanto uma fábrica construída do zero”.

A Audi diz que novas instalações só serão construídas onde for necessária capacidade adicional — um exemplo é a China, onde a parceria com a FAW está em processo de construção de uma nova fábrica em Changchun. Agendada para entrar em produção no fim de de 2024, será a primeira fábrica de automóveis na China com produção totalmente dedicada a modelos 100% elétricos, segundo a montadora.

Hoje apenas duas fábricas da Audi produzem modelos elétricos: Böllinger Höfe, na Alemanha, e Bruxelas, na Bélgica. A partir de 2024 o Q6 e-tron será o primeiro modelo totalmente elétrico produzido em Ingolstadt, também na Alemanha, e outras fábricas como Neckarsulm (Alemanha), San José Chiapa (México) e Györ (Hungria) terão a produção de veículos 100% elétricos iniciada “gradualmente”.

O comunicado não menciona a fábrica da Audi em São José dos Pinhais, no Paraná, onde atualmente é montado o Q3 a combustão.

Segundo Walker, a Audi vai aproveitar o processo de transformação das fábricas “de modo a realizar grandes saltos de produtividade, inserindo as adaptações necessárias”. Um dos objetivos é economizar recursos: a Audi quer reduzir os custos anuais das fábricas pela metade até 2033 — para isso planeja reduzir a complexidade dos veículos “em aspectos que não beneficiam diretamente os clientes”. Os processos de fabricação deverão se tornar mais uniformes e flexíveis.

Parte dessa estratégia será aplicada já na produção do Q6 e-tron em Ingolstadt: o modelo dividirá a mesma linha de montagem do A4 e A5, modelos que serão aos poucos substituídos por variantes elétricas.

A Audi acrescenta que a planta de Ingolstadt será a primeira fábrica totalmente integrada e, assim, servirá de modelo para a transformação das instalações de outras unidades em todo o mundo. Walker salienta que “ainda temos um longo caminho a percorrer, mas a direção em que estamos indo e os passos para lá chegar são claros”.

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