Golpistas tentam fraudar pagamento por recarga de carros elétricos em SP

Golpe consiste em criar contas falsas e deixar o pagamento pendente

Golpistas estão tentando fraudar o pagamento por recargas de carros elétricos em redes de carregamento na cidade de São Paulo.

A maioria destes casos têm ocorrido com motoristas de aplicativo que trabalham com carros elétricos. Desde o fim do ano passado golpistas têm enviado mensagens via WhatsApp para estes profissionais oferecendo um “esquema” para burlar o pagamento pelas recargas.

O golpe funciona assim: o fraudador faz uma conta nova no aplicativo que controla e libera o carregador usando dados falsos ou de terceiros. Depois da recarga ele apaga o e-mail de origem e a conta no aplicativo, deixando o pagamento pendente.

Os golpistas geralmente pedem metade do valor total da recarga para um motorista de app pela fraude, mas alguns deles, após descobrirem a manobra, começaram a usar o esquema fraudulento por conta própria.

Ocorre, porém, que os aplicativos de recarga têm várias camadas de segurança e há câmeras de monitoramento nos locais de carregamento. Os golpistas, assim, podem ser facilmente identificados, explicou ao Use Elétrico uma fonte que pediu anonimato.

Uma das redes que os golpistas tentaram atacar foi a Shell Recharge. Em nota, a empresa informou oficialmente que “a Raízen, licenciada da marca Shell Recharge, e a Tupinambá Energia, empresa responsável pela plataforma de pagamento, informam que, após análise, não foram identificadas fraudes no aplicativo de pagamento. As empresas ainda esclarecem que o software utilizado é seguro, possui um sistema antifraude e é constantemente atualizado para garantir a segurança de todos os clientes, estando em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)”.

A reportagem apurou que cerca de 10% das recargas efetuadas na rede apresentam alguma inconsistência com relação ao pagamento, e que em algumas destas oportunidades, sem índice definido, a recarga foi liberada.

Outra fonte, que também pediu para não ser identificada, explicou que em outra rede de eletropostos alguns motoristas conseguiram fazer várias recargas com o esquema fraudulento, mas, ao perceberem depois que poderiam ser identificados e, com isso, sofrerem consequências mais sérias, reativaram as contas e fizeram os pagamentos devidos.

Umas das fontes ouvidas pela reportagem considerou o golpe como “amador” e “inocente” diante das tecnologias antifraude presentes nos aplicativos e sistemas de pagamento de recargas. Por isso essa fonte acredita que a tentativa de fraudar o sistema não deve prosperar, mas que, caso persista, as redes de eletropostos poderão responsabilizar criminalmente os fraudadores.

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