Inmetro divulgou tabela atualizada com o deflator de 30%

O Inmetro divulgou nesta quarta-feira (1/2) a nova tabela dos valores de consumo aferidos pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBVE). Como previsto, pela primeira vez a lista traz, para os veículos elétricos, a autonomia em quilômetros e já de acordo com a determinação de uso de um deflator de 30% sobre os resultados obtidos em laboratório.
Com isso todos os modelos 100% elétricos vendidos no Brasil tiveram uma forte redução em seus números de autonomia declarada, muitos deles acima de 30%, pois eram baseados em ciclos como o WLTP, diferentes do utilizado agora pelo Inmetro, o EPA.
Em nota o instituto afirma que “o PBE Veicular segue as mesmas diretrizes definidas, desde 2015, pelo Inovar-Auto e que se mantiveram presentes no Programa Rota 2030, ambos programas do Governo Federal, para avaliar o consumo energético de carros tanto a combustão, quanto elétricos. Os ensaios são baseados na metodologia norte-americana da SAE (Society of Automotive Engineers)”.
“Desde a publicação da Portaria Inmetro Nº 377/2011, os modelos a combustão já trazem os valores na etiqueta e nas divulgações devidamente ajustados para refletir o uso cotidiano em quilometragem por litro (km/l), que são apresentados como autonomia real, através da aplicação de fatores de correção de aproximadamente 0,28 em relação aos valores obtidas nos ensaios em laboratório.”
“A declaração dos dados de eficiência energética dos elétricos segue a mesma metodologia, definida pela EPA (Environmental Protection Agency) nos Estados Unidos, que utiliza a mesma norma SAE, e que já foi referendada junto às montadoras e importadores de veículos no Brasil desde 2020.”
“A metodologia prevê um fator de correção de 0,3 nos ensaios de autonomia dos veículos elétricos. Os fatores de correção já são aplicados há muito tempo, tanto para carros a combustão, quanto para os elétricos, e têm o objetivo de aproximar os valores obtidos em laboratório das condições reais de uso nas ruas, trazendo uma informação mais fidedigna do consumo real dos veículos para o consumidor.”
Segundo Hércules Souza, chefe da Divisão de Verificação e Estudos Técnicos (Divet), “não há mudança no método de ensaio, mas sim uma novidade na apresentação da informação para o consumidor, que passa a ver, na tabela, a autonomia do veículo em distância percorrida, e não a conversão em km/l, como era feito anteriormente. Esse formato de apresentação dos dados acompanha a evolução do mercado de carros elétricos e vem sendo discutido com toda a indústria há alguns anos, tendo passado inclusive por processo de consulta pública em 2020”.
O Use Elétrico preparou com exclusividade uma lista completa indicando os valores de autonomia anteriores (declarados pelas fábricas) e os atuais, bem como o índice de redução aplicado. Confira:

Eu tenho um E-JS1 2022/23.
Sou Motorista de APP, rodo cerca de 200km por dia e se ligo o ar-condicionado a autonomia cai cerca de 10% na cidade. Na estrada com ar cai cerca de 20%. Sem ar eu fico sempre próximo dos 300km, embora nunca tenha passado dos 220km.
Uma coisa é certa, 160km não é mesmo, é pelo menos 260km. Agora, se o motorista gosta de pisar e se deixa dominar pela “POTÊNCIA INSTANTÂNEA”, aí é outra história.
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Quando eu digo que jamais passei dos 220km, mas com mais de 70km de autonomia.
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